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29 de nov. de 2010

Nos Pilares do SCRUM




Recentemente, tive a oportunidade de conhecer uma metodologia de organização de processos muito interessante, chamado de SCRUM.
Scrum não é um processo prescribente, ou seja, ele não descreve o que fazer em cada situação. Ele é usado para trabalhos complexos nos quais é impossível predizer tudo o que irá ocorer.
O Scrum, na forma como o conhecemos hoje, está quase completando 20 anos de existência. Partiu de idéias e experiências da dupla Takeuchi e Nonaka. Mas adquiriu corpo e alma nos trabalhos e escritos pioneiros de Ken Schwaber e Jeff Sutherland. Ganhou trilha e impulso para omainstream com a publicação do Manifesto Ágil. Dentre diversas propostas de métodos e processos ágeis, o Scrum se destaca por ser o único que se preocupa exclusivamente com os aspectos gerenciais de um projeto.
Surpreendente é o fato de algumas grandes empresas também apostarem no Scrum. Inclusive empresas de ramos que têm péssima fama de serem conservadoras e burocráticas - pelo menos no que se refere à TI - como bancos e seguradoras. Entre tudo o que é sinalizado em movimentações deste tipo, parece nítida uma grande insatisfação com processos, padrões e metodologias utilizados até então.
Para esclarecer, existem três pilares que sustentam qualquer implementação de controle de processos empíricos, como o Scrum:

O PRIMEIRO PILAR É A TRANSPARÊNCIA: A transparência garante que aspectos do processo que afetam o resultado devem ser visíveis para aqueles que gerenciam os resultados.
Esses aspectos não apenas devem ser transparentes, mas também o que está sendo visto deve ser conhecido. Isto é, quando alguém que inspeciona um processo acredita que algo está pronto, isso deve ser equivalente à definição de pronto utilizada.

O SEGUNDO PILAR É A INSPEÇÃO: Os diversos aspectos do processo devem ser inspecionados com uma frequência suficiente para que variações inaceitáveis no processo
possam ser detectadas. A frequência da inspeção deve levar em consideração que qualquer processo é modificado pelo próprio ato da inspeção. O problema acontece quando a frequência de inspeção necessária excede a tolerância do processo à inspeção. Os outros fatores são a habilidade e a aplicação das pessoas em inspecionar os resultados do trabalho.

O TERCEIRO PILAR É A ADAPTAÇÃO: Se o inspetor determinar, a partir da inspeção, que um ou mais aspectos do processo estão fora dos limites aceitáveis e que o produto resultante
será inaceitável, ele deverá ajustar o processo ou o material sendo processado. Esse ajuste deve ser feito o mais rápido possível para minimizar desvios posteriores.
Existem três pontos para inspeção e adaptação em Scrum. A Reunião Diária é utilizada para inspecionar o progresso em direção à Meta da Sprint e para realizar adaptações que otimizem o valor do próximo dia de trabalho. Além disso, as reuniões de Revisão da Sprint e de Planejamento da Sprint são utilizadas para inspecionar o progresso em direção à Meta da Release e para fazer as adaptações que otimizem o valor da próxima Sprint. Finalmente, a Retrospectiva da Sprint é utilizada para revisar a Sprint passada e definir que adaptações tornarão a próxima Sprint mais produtiva, recompensadora e gratificante.
 
Creio que apesar de um pouco antiga, esta metodologia é extremamente oportuna, pois garante a qualidade nos controles e na definição de prazos.
Só não podemos nos esquecer que como todo processo, precisa ser implementado e entendido por todos, senão a desorganização irá prevalecer.

Parara um abrangimento maior, poderá consultar a série publicada sobre Scrum pelo professor Paulo Vasconcelos no site http://www.pfvasconcellos.eti.br

Rubens Souza.

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